sábado, 30 de outubro de 2010

Aterro da Caximba deixa de receber lixo na segunda-feira

29/10/2010 - Agência Curitiba

Meio Ambiente

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O aterro sanitário da Caximba, na região Sul, deixará nesta segunda-feira (1) de receber o lixo domiciliar de Curitiba e de 17 municípios da Região Metropolitana, que usarão aterros particulares licenciados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e credenciados pelo Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos.

Grande parte do lixo, cerca de 2.300 toneladas por dia, será destinada para o aterro da empresa Estre Ambiental, em Fazenda Rio Grande. Outra parte, 100 toneladas, seguirá para a Essencis Soluções Ambientais, na Cidade Industrial de Curitiba.

As duas empresas foram credenciadas pelo Consórcio depois de apresentar licença de operação, documento fornecido pelo IAP que habilita empreendimentos. O credenciamento dos aterros particulares é uma medida intermediária até o desfecho da licitação do SIPAR.

Mesmo com o aterro fechado, a Prefeitura de Curitiba continuará as obras que atendem ao Plano de Encerramento do aterro aprovado pelos técnicos do IAP, de drenagem, melhoria no sistema de tratamento de chorume, entre outras.

No aterro também continuam o monitoramento geotécnico e ambiental e de vigilância, medidas aprovadas pelos técnicos do IAP. A Prefeitura de Curitiba criará um parque municipal na região da Caximba, e fará projetos para aproveitamento do biogás do aterro.

“São obras que atendem a todas as exigências técnicas necessárias para garantir o encerramento adequado e seguro do aterro”, diz o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto.

sábado, 23 de outubro de 2010

Binários são mal necessário para o trânsito

23/10/2010 - Gazeta do Povo - Vanessa Prateano, Themys Cabral

URBANISMO

Binários são mal necessário para o trânsito

Fotos: Antonio Costa/Gazeta do Povo / Binário da Brigadeiro Franco já não escoa o trânsito pesado, principalmente em horários de pico

Prefeitura de Curitiba aposta no sistema de ruas com mão única para diminuir os congestionamentos e inaugura o 16.º binário nesta segunda-feira

A partir desta segunda-feira, Curitiba contará com mais um binário para tentar desafogar o trânsito da capital. O sistema irá abranger o perímetro formado pelas ruas Nilo Peçanha (sentido centro-bairro), Desem bargador Benvindo Valente e Albino Silva (sentido bairro-centro). A área dá acesso aos bairros Bom Retiro, Pilarzinho, Mercês e São Francisco. Esse é o 16.º binário da capital e não deve ser o último. Segundo especialistas, trata-se de uma alternativa que virou tendência nas grandes cidades.

O binário, sistema que consiste em transformar vias paralelas de mão dupla em ruas com um único sentido, é visto como solução para dar mais fluidez ao tráfego de vias rápidas e muito movimentadas. “Se fôssemos criar uma nova cidade, as ruas seriam de mão única. Em um município moderno, não faz mais sentido haver vias de mão dupla”, afirma o professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Eduardo Ratton.

Só para se ter uma ideia de como os binários fazem falta, Ratton lembra das confusões causadas por motoristas, em ruas de mão dupla, que querem fazer a conversão à esquerda: os carros que vêm logo atrás precisam esperar até que os da faixa contrária deem passagem ao que está fazendo a conversão. Isso gera estresse e buzinadas.

Fotos: Antonio Costa/Gazeta do PovoAmpliar imagem
Fotos: Antonio Costa/Gazeta do Povo / Rua Albino Silva, no bairro São Francisco, tem novo sentido a partir da semana que vem
Rua Albino Silva, no bairro São Francisco, tem novo sentido a partir da semana que vem

Já para o coordenador do Centro de Formação de Tecnólogos e professor do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Ricardo Bertin, hoje os binários são um mal necessário. “Ruim com eles, pior sem eles”. Bertin, no entanto, acredita que tais sistemas não estão dando conta de desafogar o trânsito, pois o número de veículos cresce mais que a capacidade das cidades em ampliar suas ruas – em dez anos, a frota de veículos de Curitiba aumentou cerca de 60%.

O binário formado pelas ruas Briga deiro Franco e Desem bargador Mota é o campeão de reclamações de moradores e motoristas que afirmam ver as duas vias ficarem congestionadas o dia inteiro. “É horrível e está cada vez pior”, diz a aposentada Januária Grilo, de 65 anos, moradora da região há 20 anos. “Antes era menos, agora é mais trânsito. O fluxo de carros fica lento o dia inteiro”, conta Otávio Gomes, 60 anos, frentista há 15 anos de um posto localizado na Brigadeiro Franco, esquina com Comen dador Araújo.

Outro lado

De acordo com a gestora da área de Operação de Trânsito da Urbs, Guacira Civolani, os binários possuem dois propósitos principais: dar mais agilidade aos veículos do transporte coletivo e segurança ao pedestre na hora de atravessar. “Por meio de estudos, levantamos a relação dos locais onde há mais reclamação de pedestres e onde os ônibus não estão conseguindo cumprir os horários. O objetivo é melhorar o fluxo como um todo, mas a prioridade é esse público”, diz.

A gestora afirma que, em relação aos binários que começam a gerar reclamações, a solução encontrada pela Urbs é proibir os estacionamentos na via para sempre, durante todo o dia e não apenas no horário de pico. “As pessoas reclamam, mas não é possível agradar a todos. Os motoristas, em especial, precisam pensar de modo menos individual, procurar caminhos e horários alternativos e aderir à carona solidária.”

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Curitiba é destaque em encontro internacional

18/10/2010 - Agência Curitiba

Iluminação pública

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A qualidade da iluminação pública de Curitiba será tema do Simpósio Internacional de Iluminação Pública Eficiente, que começou nesta segunda-feira (18), em São Paulo. Durante dois dias, especialistas de iluminação brasileiros e 14 países vão conhecer casos de sucesso na área de Iluminação pública do Brasil, países da América Latina, EUA e Europa.

“Curitiba foi convidada porque se tornou um exemplo de iluminação pública, que atende o cidadão, proporcionando mais segurança, e embeleza os pontos turísticos, para gerar renda com o turismo noturno”, afirmou o diretor de Iluminação da Prefeitura de Curitiba, Ivan Martins.

A palestra, que acontece na tarde desta segunda-feira, vai mostrar como a cidade está acabando com pontos de escuridão em bairros, usando novas tecnologias e ampliando rede de iluminação pública da cidade.

Um das armas para Curitiba ficar mais iluminada é a substituição de luminárias tradicionais por equipamento de alto rendimento. Somente neste ano, a cidade trocou mais de 26 mil luminárias, o que equivale a iluminar uma cidade do porte de Colombo.

O diretor de iluminação explica que os novos equipamentos estão substituindo luminárias com mais de 20 anos, que são de baixa eficiência e mais sujeitas a ações de vândalos. “Os novos equipamentos são feitos de policarbonato, material resistente e que agüenta o impacto de um tiro de uma arma de calibre 22”, disse.

Outra vantagem dos novos equipamentos é que direcionam 100% dos fachos de luz para o chão, evitando dispersão da iluminação. “Com isto, não há ofuscamento, permitindo que as pessoas possam olhar para o céu e ter a sensação de ver mais estrelas”, explicou Martins. Os novos equipamentos usam lâmpadas de 100 watts, com potência 42% maior que as antigas luminárias.

Também estão sendo testadas na cidade novas luminárias com abastecimento com células solares e também com lâmpadas LED. “Estes equipamentos estão em avaliação para buscar melhor eficiência na iluminação pública e a redução de custo”, disse.
Iluminação cênica

Outra ação da prefeitura é a iluminação de espaços públicos e locais turísticos. As novas iluminações cênicas, que realçam arquitetura e a urbanização ao redor, já adotada no Largo da Ordem, praça Tiradentes, Paço Municipal e na cascata do parque Tanguá.

“Neste ano, outros 13 pontos da cidade, como os portais étnicos, ganharão nova iluminação cênica”, disse. Entre os pontos programados, estão previstas novas iluminações no Memorial Árabe, parque Barigui e parque Tingui.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Parque Linear do Barigui ganha 210 mil m²

13/10/2010 - Agência Curitiba

O parque linear do Barigui, uma das metas do programa Viva Barigui, passará por mais uma etapa de consolidação. A Prefeitura incorporou 210 mil metros quadrados de área em dois trechos, proporcionando a recuperação e preservação de aproximadamente 2.526 quilômetros de margens do rio, numa faixa que varia de 20 a 50 metros. 

O parque linear interligará parques, bosques e áreas de lazer já existentes com novas unidades de conservação que serão instaladas, formando um corredor de biodiversidade e de infra-estrutura às margens do rio Barigui. 

O Viva Barigui, lançado em 2007, tem por objetivo reverter situações de degradação da bacia, adotando medidas de preservação de nascentes, conservação de ambientes naturais ainda existentes na região, ordenamento das áreas de ocupação irregular às margens do rio, em ações acompanhadas da recomposição da vegetação nativa e, conseqüentemente, melhoria da qualidade hídrica da bacia. 

"É uma soma de ações e tarefas a médio e longo prazo, seguindo um plano estratégico para recuperação da maior bacia hidrográfica da cidade", diz o prefeito Luciano Ducci.

Nos dois trechos, na Fazendinha e outro na CIC, foram incorporadas áreas ao patrimônio municipal por meio de diferentes instrumentos legais como pagamento de dívidas com o município, potencial construtivo, relocação de famílias em áreas de invasão e desapropriações.

No fim deste ano serão licitadas obras de implantação de equipamentos de lazer e ações de recuperação ambiental nos dois novos trechos do parque linear. Parte dos recursos para as obras, cerca de R$ 19 milhões, está no pacote de investimentos negociados pela Prefeitura com a Agência Francesa de Desenvolvimento.

Na Fazendinha, o novo trecho do parque Linear terá 120 mil metros quadrados, numa extensão que vai beirando o rio desde a rua Dionira Klemtz até o parque Cambuí. Nesse trecho, uma grande área de lazer será conectada ao Bosque da Fazendinha.

Entre os equipamentos previstos estão pista de caminhada, quadras esportivas, playground, iluminação, além da recomposição da mata ciliar com vegetação nativa. “A infraestrutura para uso público ajuda a população a se apropriar de forma ordenada do espaço, e ajuda a evitar invasões”, destaca o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto.

O segundo trecho do Parque Linear do Barigui vai da avenida Senador Salgado Filho, perto do Contorno Sul, até a rua João Bettega, dos dois lados da margem do rio, num total de 90 mil metros quadrados. Nesse trecho, além da incorporação de áreas, a Prefeitura revitalizará a área de lazer Mané Garrincha, implantará pista compartilhada de pedestre e bicicleta nos dois lados da margem, além do plantio de vegetação nativa.

O segundo trecho abrange um pedaço da Vila Nova Barigui, antiga área de invasão de onde a Prefeitura, por meio da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab), transferiu 150 famílias que vivam em condições de risco às margens do rio, para sobrados de alvenaria do empreendimento Moradias Aquarela, na mesma região.

Relocação - A relocação de famílias de áreas de ocupação irregular é um dos componentes do Viva Barigui, coordenado pela Cohab e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para recuperação da faixa de preservação permanente do rio, com atuação em 13 vilas e transferência de um total de 807 famílias.

Em 2011, a Prefeitura prevê a incorporação de outros 90 mil metros quadrados de áreas ao Parque Linear do Barigui, nas regiões do Mossunguê, CIC, Santa Quitéria, Seminário e Fazendinha. “É um processo que vem sendo construído dentro de um planejamento, onde a Prefeitura prioriza investimentos e ações conjuntas”, diz Andreguetto.

Dados Gerais

>> O rio Barigui tem 60 quilômetros de extensão. Nasce em Almirante Tamandaré, a 15 quilômetros de Curitiba, e atravessa a capital do Paraná até desaguar no rio Iguaçu, na divisa com Araucária. Percorre 45 quilômetros em Curitiba.

>> Em Curitiba, a bacia do Barigui banha 144 quilômetros quadrados do território em 25 dos 75 bairros do município.

>> Ao longo da bacia do Barigui vivem 30% da população de Curitiba (457.571 habitantes).

>> Os principais afluentes da bacia do Barigui são: rios Uvu, Ribeirão dos Miller, Campo Comprido, Vila Formosa, Cascatinha, Ribeirão do França, Campo de Santana, o córrego Vista Alegre e os arroios do Pulador e do Andrade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Luciano Ducci entrega as obras da nova Rua Riachuelo

02/10/2010 - Agencia Curitiba

O prefeito Luciano Ducci entregou neste sábado (2) a nova Riachuelo. Completamente renovada, a rua, que já foi um importante eixo de ligação da cidade unindo a área central ao Centro Cívico, está com novo visual, que alia tradição e modernidade.

"O projeto da Prefeitura valorizou as características da Riachuelo ao preservar as edificações históricas e incorporou novos elementos à paisagem da rua, como as calçadas, as luminárias e o colorido das fachadas. A Riachuelo ganhou vida nova e, mais tarde, com a revitalização da avenida Cândido de Abreu, teremos um grande eixo turístico nesta região", disse o prefeito. 

A Prefeitura investiu R$ 800 mil para fazer a intervenção, num trecho de oito quadras, entre as praças Generoso Marques e 19 de Dezembro. O projeto de revitalização foi desenvolvido em duas frentes: as obras na área de passeio e no pavimento da rua e a recuperação e pintura de fachadas.

Nesta etapa do projeto, o município contou com o apoio da empresa AkzoNobel, fabricante das Tintas Coral, que cedeu material para as pinturas, e dos proprietários de imóveis, que assumiram os custos com o pagamento de mão de obra. Cerca de 90% das edificações da rua estão com fachada renovada.

O empresário Chaim Jaber, estabelecido na Riachuelo há 26 anos e vice-presidente da Associação dos Moradores e Comerciantes local, acha que o projeto de revitalização "colocou a rua no novo século".

Ele e os demais proprietários de pontos comerciais estão otimistas, porque acham que o novo visual vai atrair movimento e incrementar os negócios. "Isto já está acontecendo. As pessoas, aos poucos, estão voltando a circular na rua", conta.

O morador Alceu Rodrigues, síndico do condomínio Carlos Meissner, há 10 anos vivendo na Riachuelo, também está animado com o novo aspecto da rua. "Valoriza os imóveis e dá mais confiança para as famílias que moram no local", falou. Ele ressalta dois detalhes do projeto que, para ele, são fundamentais para a recuperação da via: as novas calçadas, com piso uniforme, e a iluminação, que traz mais luminosidade.

Antiderrapante - As novas calçadas utilizam placas vermelhas de material antiderrapante (granito reconstituído em concreto de alta resistência). Nas esquinas, há acesso para cadeirantes e carrinhos de bebê. Em pontos intercalados, foram colocadas floreiras.

Já a iluminação é composta de 115 postes de carbono com 4 metros de altura e luminárias circulares com lâmpadas de multivapor metálico de 150W, que oferecem mais segurança para quem transita à noite pelo local.

A reforma incluiu ainda a renovação do pavimento, com serviços de fresagem (retirada do revestimento antigo) e recape (colocação de asfalto novo), sinalização horizontal (faixas pintadas no chão) e vertical (placas de orientação ao trânsito).

Na esquina com a rua São Francisco, foi implantada uma travessia elevada (no nível da calçada), com paralelepípedos. Este material foi utilizado considerando outro projeto que vai dar continuidade à revitalização da Riachuelo: a reforma da São Francisco. Ali, serão mantidos o piso em pedra e parte das calçadas - elementos de valor histórico, considerados típicos do século 19. A iluminação será reforçada, com utilização de arandelas fixadas às paredes das edificações - outro detalhe que está ligado à preservação da memória do local.

Fachadas - A recuperação e pintura de fachadas teve a adesão de 54 dos 58 proprietários de imóveis localizados ao longo da rua. Com ela, a Riachuelo ganhou um colorido que deu mais animação à paisagem da rua. O estudo das cores das edificações foi elaborado pelo Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). A Coral colocou 2 mil litros de tinta acrílica à disposição dos proprietários de imóveis e forneceu treinamento para os pintores.

De acordo com o gerente de relacionamento da Coral, Marcelo Abreu, a participação da empresa no projeto de revitalização da Riachuelo deu à empresa uma grande vitrine para o projeto "Tudo de Cor para Você", que é desenvolvido também em outras capitais do país. "Financiando a pintura das fachadas, estamos plantando uma semente. A tendência é que isso estimule os proprietários das ruas próximas a seguir o exemplo da Riachuelo, porque a cor dá mais vida às edificações e aumenta a autoestima dos proprietários de imóveis", disse.

Cinema - Outro projeto da Prefeitura para a região deverá contribuir para complementar a renovação da área. Trata-se da criação de um espaço cultural dedicado ao cinema no prédio onde funcionava o quartel da 5ª Região Militar, na esquina da rua Riachuelo com a Carlos Cavalcanti. 

Ali, numa área de 2 mil metros quadrados, serão instaladas duas salas de cinema (para suprir a lacuna deixada pelos cines Luz e Ritz, que tinham uma programação diferenciada e fecharam suas portas há alguns anos), um café, uma biblioteca e uma escola de cinema mantida pelo município.