quarta-feira, 26 de maio de 2010

Na Linha Verde Sul, valorização, lazer, transporte e desenvolvimento

Na Linha Verde, valorização, lazer, transporte e d ...Publicado em 26/05/2010 às 15:41 - Agencia Curitiba


Novo marco dos sistemas viário e de transporte público de Curitiba, a Linha Verde Sul é a maior alteração urbanística realizada na cidade nos últimos 30 anos. Já são 9,4 quilômetros, ligando o Pinheirinho ao Jardim Botânico. O projeto completo, de 18km, prevê a ligação até o Atuba, permitindo em todo o seu trajeto o acesso a 20 bairros, que antes ficavam separados pela antiga BR 116, uma estrada federal por onde passavam diariamente centenas de caminhões. A licitação para o primeiro lote da Linha Verde Norte foi lançada dia 24 de maio. "A região norte também terá os benefícios da Linha Verde, que já são realidade nos bairros da região sul", diz o prefeito Luciano Ducci.
A versão atual da Linha Verde, diferentemente das quatro pistas anteriores, traz seis pistas de rolamento para carros, duas marginais, e canaletas exclusivas para o transporte coletivo no sexto corredor de transporte da cidade. "Mais do que permitir a integração entre vários pontos da cidade, a Linha Verde Sul proporcionou para a região um ganho expressivo em mobilidade de serviços e pessoas. Outro ponto que podemos destacar é o fato da região ainda contar com grandes áreas, que podem pela lei de zoneamento mesclar o uso habitacional e comercial num mesmo empreendimento, unindo moradia e trabalho num mesmo lugar", explica o arquiteto Reginaldo Reinert, do Instituo de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).
O entorno da Linha Verde Sul representa uma população de 260 mil pessoas, com mais de 20 mil empresas instaladas, gerando em torno de 30 mil empregos. Aliado a facilidade de transporte e deslocamento atual são vários os empreendimentos que buscam a região para se instalarem.
De acordo com levantamentos do IPPUC, até 2020 a região terá 20 mil novos moradores em 16.215 domicílios. O perfil dos novos moradores contempla casais jovens, na faixa dos 30 anos, com renda média R$ 2,1 mil. O bairro de maior crescimento deve ser o Xaxim.
Empreendimentos - A Linha Verde Sul aparece no cenário atual da cidade como indutor de crescimento imobiliário numa das últimas regiões a apresentar terrenos grandes, o que permite a construção de condomínios. Em 2009 a Secretaria Municipal de Urbanismo liberou 53 alvarás para a região entre condomínios residenciais, centros comerciais, comércio e serviço, além de habitações unifamiliares.
Um dos casos é da construtora MRV que está investindo na região com dois empreendimentos - um no Hauer e outro no Pinheirinho - que juntos representam 1.326 unidades habitacionais. Lançado no final do ano passado, o do Hauer teve todos os 236 apartamentos comercializados no prazo recorde de seis horas. "Já tínhamos um cadastro pré-aprovado de pessoas interessadas. Este foi o primeiro empreendimento da região dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, e a localização, a duas quadras da Linha Verde, com certeza foi essencial para a decisão de compra", explica Marcos Tavares, gerente de vendas da MRV em Curitiba. Todos os imóveis devem estar concluídos até o final de 2012.
No setor comercial a pioneira é a Top Imóveis, proprietária do Curitiba Park Office, localizado no Prado Velho. "O sistema viário foi um dos fatores essenciais para a instalação do nosso empreendimento na região, além da localização dentro do Tecnoparque. Como estamos trabalhando apenas com locação nossa visão é de longo prazo", explica Eduardo Schulman, diretor da empresa. O empreendimento prevê três torres de seis andares, sendo que a primeira já está pronta e a segunda deve ser iniciada ainda este ano.  A primeira empresa a se instalar no local é a indiana Wipro, uma das 10 maiores empresas do mundo na área de tecnologia da informação, e que escolheu Curitiba como sua sede latinoamericana.
 
Lazer e mobilidade - Um dos principais ganhos para a população está em mobilidade e lazer. As amigas Elisabete Domachowisk Monteiro, professora, e Solide da Silva, técnica em higiene dental, caminham diariamente na Linha Verde. "Costumava caminhar em praças próximas, mas era muito chato ficar andando em círculos. Na Linha Verde é muito melhor ", explica Elisabete. Para Solide, caminhar na avenida é muito tranqüilo. "A área de caminhada ficou muito boa, bem ajardinada. É muito bom".
Para o auxiliar de produção Jean Carlos Mendes Galvão os 10 quilômetros de ciclovia instaladas  no local significam uma hora a mais de sono. "Vou trabalhar todo o dia de bicicleta. Antes precisava desviar da BR e levava uma hora e meia para chegar ao trabalho. Agora faço o trajeto em meia hora pela ciclovia".
 
Quem usa os ônibus que trafegam pela canaleta exclusiva também elogia, inclusive quem vem de longe. Ana Lucia Bittencourt mora em Brasília, está na cidade visitando a filha e aprova o sistema. "São ônibus muito bons. Estou usando todos os dias para chegar mais rápido na igreja". Para Fernando Marinho, carregador, a implantação da linha representou a volta aos estudos. "Era difícil eu estudar, pois todo o dia chegava atrasado e acabei desistindo. Agora estou voltando.  Se antes levava uma hora e quarenta para ir do trabalho até a escola agora levo quarenta minutos".
A consultora de vendas Larissa Pereira utiliza uma das novas linhas criadas com o sistema. Moradora do Pinheirinho ela desce na estação Fanny onde pega o ônibus Linha Verde/Maracanã para ir até o Tarumã. "É muito rápido. Com certeza ganhei muito em qualidade de vida".
A Linha Verde é o sexto corredor de transporte de Curitiba, cuja construção teve início em 2007. Na primeira fase seu sistema viário foi entregue em dezembro de 2008 e o sistema de transporte público, em maio de 2009.
A Linha Verde foi implantada na antiga BR 116, que foi transformada em avenida e corredor de transporte. A avenida tem dez faixas de tráfego, incluindo canaletas de uso exclusivo do transporte. As pistas ao lado das canaletas são vias rápidas. As pistas ao lado das rápidas são as locais, para acesso ao comércio e aos bairros. Há duas faixas para estacionamento.
O corredor de transporte da Linha Verde permitiu a implantação de novas linhas de ônibus. A primeira delas foi a Pinheirinho-Centro, com uma redução de 17% no tempo de viagem. Esta linha tem os primeiros ônibus da América Latina a circular apenas com biocombustível, à base de soja que, por não ter mistura de óleo diesel, é definido pelos técnicos como B100. Anteriormente, Curitiba já havia testado misturas de 5% e 20% de combustível orgânico, os chamados B05 e B20, experiências que levaram ao projeto do B100.
Em 12 de janeiro último, Curitiba recebeu em Washington o prêmio Sustainable Transport Award 2010, pela implantação da Linha Verde. É a primeira vez que uma cidade brasileira recebe o prêmio do Institute for Transportation and Development Policy (ITDP).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Obras na trincheira da Gustavo Rattman começam na quinta (20)



Publicado em 18/05/2010 às 18:05


A Prefeitura de Curitiba começará na manhã desta quinta-feira (20) as obras de construção da trincheira da rua Gustavo Rattman, que ligará os bairros Bacacheri e Bairro Alto. Haverá obras na BR-476 e em ruas próximas, que servirão de acesso à futura trincheira, e todas serão sinalizadas para alertar os motoristas sobre as mudanças. "A trincheira vai mudar o perfil de toda essa região. A obra dá continuidade ao grande compromisso da gestão de mudar a rodovia que cortava a cidade e construir a Linha Verde", disse o prefeito Luciano Ducci.
 A construção da trincheira é uma contrapartida do Município e faz parte do programa Pró-Cidades (Programa Integrado de Desenvolvimento Social e Urbano de Curitiba), que é parcialmente financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A construção da trincheira terá um custo de R$ 9.525.641,40 e beneficiará uma população de aproximadamente 110 mil moradores.
Na primeira fase de obras da trincheira, os trabalhos serão feitos do lado do Bairro Alto (no sentido Porto Alegre/São Paulo) ao longo de quatro meses. As equipes vão trabalhar nas ruas José Zgoda e dos Xaverianos, onde serão instaladas novas redes de drenagem, melhorando o escoamento de águas nos dias de chuva.
Outra frente de trabalho será na rodovia, de onde começará a pavimentação nas ruas marginais à BR-476. Durante esta fase, haverá desvios na rodovia, porque algumas pistas serão bloqueadas.

Nos primeiros quatro meses, o trânsito no sentido Porto Alegre/São Paulo, será transferido para a pista paralela, onde atualmente circulam os carros que vão no sentido contrário, em direção ao Pinheirinho. Os carros no sentido São Paulo Pinheirinho serão deslocados para as pistas marginais, que serão alargadas.
A construção da trincheira da Gustavo Rattman e José Zgoda será de grande importância durante as obras da Linha Verde Norte naquele trecho. Isso porque os desvios necessários serão feitos por ela. A trincheira será uma das sete previstas no projeto original da Linha Verde (trecho norte). Depois de concluída a obra da Linha Verde, a trincheira estará bem próxima à Estação Fagundes Varela, que será vinculada a um binário (formado pela Fagundes Varela e José Maldonado com a Bento Ribeiro).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Luciano Ducci assina ordem de serviço da trincheira na Gustavo Rattman neste sábado

Publicado em 14/05/2010 às 15:42 - Prefeitura


O prefeito Luciano Ducci assinará neste sábado (15) ordem de serviço para o início da construção da trincheira na rua Gustavo Rattman, que ligará o Bacacheri ao Bairro Alto.  Será às 11 horas, na Igreja Batista do Bacacheri, rua Amazonas de Souza Azevedo, 134, próximo Hospital Vita. A obra começará no próximo dia 20.

A obra faz parte do programa Pró-Cidades (Programa Integrado de Desenvolvimento Social e Urbano de Curitiba), que é parcialmente financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A construção da trincheira terá um custo de R$ 9,5 milhões beneficiará uma população de aproximadamente 110 mil moradores. Esta trincheira vai melhorar o trânsito na região, que ficará ainda melhor, em breve, com a Linha Verde Norte", diz o prefeito Luciano Ducci.  
 
A construção da trincheira da Gustavo Rattman e José Zgoda será de grande importância durante as obras da Linha Verde Norte naquele trecho. Isso porque os desvios necessários serão feitos por ela. A trincheira será uma das sete previstas no projeto original da Linha Verde (trecho norte). Depois de concluída a obra da Linha Verde, a trincheira estará bem próxima à Estação Fagundes Varela, que será vinculada a um binário (formado pela Fagundes Varela e José Maldonado com a Bento Ribeiro).
Na primeira fase de obras da trincheira, que deverá durar aproximadamente quatro meses, os trabalhos serão feitos do lado do Bairro Alto (BR no sentido São Paulo) e haverá obras nas ruas José Zgoga e dos Xaverianos. A fiscal da Secretaria de Obras, a engenheira Carla Parellada, informou que para a execução a BR funcionará neste trecho nos dois sentidos.
Durante as obras desta fase, os motoristas que passarem pela BR, no sentido Atuba, trafegarão pelo lado da pista que hoje segue em direção a Porto Alegre. Os que quiserem seguir para o Pinheirinho usarão a pista marginal (paralela à BR sentido Porto Alegre), que será alargada. Para cada um dos dois sentidos haverá duas faixas de circulação e todo o trecho estará sinalizado para que os motoristas identifiquem os desvios.
Também serão construídas calçadas para pedestres. Outras mudanças previstas na região são a pavimentação e o novo projeto urbanístico nas ruas Xaverianos e Deputado Antônio Lopes Junior, que servirão de alças de acesso para quem não for usar a trincheira e quiser ir em direção ao Atuba ou ao Pinheirinho.
A obra também prevê a construção de nova rede de drenagem, o que melhorará a captação de chuvas nos bairros Jardim Social e Bacacheri. O desvio das águas será feito para o rio Bacacheri, no Bairro Alto. Nas ruas Gustavo Rattmann, Deputado Antônio Lopes Junior, Xaverianos e Fagundes Varela serão feitas obras de pavimentação, sinalização e calçamentos.
Detalhes da obras - Na noite desta quinta-feira (13), moradores, comerciantes e lideranças dos bairros Bacacheri, Bairro Alto, Cabral e Capão da Imbuia, conheceram detalhes da obra da trincheira, em reunião pública no Colégio Madalena Sofia. Durante o encontro, técnicos da Unidade Técnico-Administrativa de Gerenciamento (Utag), ligada ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, equipes da Secretaria de Obras, Urbs-Diretran e da Regional Boa Vista falaram sobre o andamento da obra, o impacto no dia a dia da população e como cada cidadão deverá agir durante os sete meses de trabalho, prazo previsto para a execução. Os participantes puderam tirar dúvidas no final da apresentação. As obras começam no próximo dia 20, logo depois da conclusão do retorno que está sendo feito pela Prefeitura em frente ao Hospital Vita.
"Foram 20 anos de espera por esta trincheira. Nós apoiamos e esperamos que tudo dê certo durante as obras. Podem contar com o nosso apoio", resumiu ao final do encontro o presidente da Associação de Moradores do Higienópolis, Genivaldo Santos.
Nesta sexta-feira (14), às 19h, acontece mais uma reunião pública do programa Pró-Cidades, desta vez para falar do binário formado pelas ruas Chile e Guabirotuba, que exigirá desvios na avenida Comendador Franco. O debate será na Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão (Comendador Franco, 871). As obras terão início no dia 25 de maio e terão duração de 10 meses.
Cuidados - "O respeito à sinalização de trânsito é fundamental", disse a pedagoga do Núcleo de Educação e Cidadania da Diretran, Maura Moro. Ela também destacou alguns comportamentos que a população deve ter para reduzir os impactos que a obra pode trazer. A primeira recomendação é para que apenas os que precisarem, utilizem estes caminhos que terão o trânsito mais lento por causa dos trabalhos. Este cuidado vale não apenas aos motoristas, mas também aos pedestres.
"Nós nos acostumamos a fazer determinado caminho. Precisamos mudar o hábito para reduzir os riscos de exposição a algum acidente. A atenção tem que ser maior quando passar por estes pontos de obras", disse Maura Moro.
Os pais devem orientar os filhos que se deslocam em direção às escolas da região a pé para que eles saibam o que poderão encontrar pela frente. Ela sugere que nos primeiros dias de obra, um adulto acompanhe a criança, mesmo que ela esteja acostumada a fazer o deslocamento desacompanhada, para que o responsável possa apontar o caminho mais seguro, os cuidados que ela deverá ter e como deverá agir quando estiver perto da obra.
Outra dica que afeta as crianças é quanto às brincadeiras de rua, que devem ser evitadas nas ruas que estiverem em obras. Maura chama a atenção ainda para a necessidade de repetição desta informação. "Crianças e idosos devem ser alertados mais de uma vez durante o período de obras", afirmou.
Uma recomendação que vale para todos é quanto ao atendimento à sinalização para carros e pedestres. Os deslocamentos devem ser feitos por onde for mais seguro, mesmo que o caminho fique mais longo.
Nos próximos dias serão realizados Encontros de Capacitação de Multiplicadores, dirigidos aos representantes das oito escolas particulares existentes na região que será afetada pelas obras. As reuniões serão direcionadas também às associações de moradores e aos funcionários dos núcleos regionais das várias secretarias da Prefeitura. Haverá distribuição de material informativo.
Ônibus - Usuários das linhas de ônibus que passam pela região deverão ficar atentos às informações quanto à mudanças que poderão afetar o embarque e/ou desembarque dos passageiros.
As alterações serão informadas por meio de avisos dentro dos ônibus, terminais e pelos fiscais da Urbs. Deverão ficar atentos os que utilizam as seguintes linhas: Colina Verde (alimentador), Hugo Lange, Higienópolis, Sacre Coeur, Alto Tarumã (convencionais), Interbairros II (nos dois sentidos).
Quem tiver dúvidas durante as obras deverá entrar em contato com a Administração Regional, na Rua da Cidadania Boa Vista, pelo telefone 156, a central de atendimento da Prefeitura que funciona 24 horas, ou pelo e-mail utagprocidades@ippuc.org.br .
Participaram da reunião pública os vereadores Jair Cezar e Roberto Hinça, a administradora regional Janaina Lopes Gehr, o secretário de obras, Mário Tookuni, e o coordenador da Utag, Edson Seidel. 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

População pode consultar mapas que contam a história de Curitiba

Publicado em 12/05/2010 às 10:33 - Prefeitura


O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está entregando ao Arquivo Público Municipal mapas de valor histórico que, a partir de agora, ficarão protegidos do desgaste natural e, ao mesmo tempo, poderão ser conhecidos por toda a população.

O Ippuc já entregou duas remessas de mapas ao Arquivo Municipal, onde funcionários cuidadosos repetem a rotina de extremo cuidado com os documentos que ingressam no imenso acervo que hoje reúne, só em papel, mais de 450 milhões de documentos.
À medida que o material histórico é entregue, o Ippuc também publica em seu site (www.ippuc.org.br) os arquivos digitalizados, condição para a qual o Instituto contou com a colaboração da Secretaria Municipal do Urbanismo. Para conhecer pelo site o que já foi entregue ao Arquivo Público, é preciso entrar no Curitiba em Dados, clicar em Curitiba e escolher a opção Aspectos Históricos.
Em seguida, o interessado deve clicar em Mapas Temáticos. As coletâneas dos anos de 62, 71, 82, 88, 93, 98 e 99 são as mesmas que estão guardadas agora no Arquivo Público.
Com luvas apropriadas, óculos de proteção, touca e jaleco, servidores capacitados e muito concentrados, que tratam os documentos do Ippuc, buscam, com olhos atentos e o uso de lupas, os sinais que podem comprometer a conservação dos mapas, como fungos, traça, ferrugem, restos de alimentos.
Tanto zelo com o material que estava guardado no Ippuc por muitos anos se justifica porque eles farão parte do acervo permanente do Arquivo Público - mesmo que estejam microfilmados, os mapas jamais serão destruídos. Nem todo documento tem esta característica. Alguns dos que ingressam no acervo podem ser guardados por um período limitado. A tabela de temporalidade varia conforme o documento e atende às regras do Programa de Gestão Documental da Prefeitura e o Conselho Nacional de Arquivos.
Arruamento - Entre os materiais entregues pelo Ippuc estão mapas de arruamento de 1971 e mapas de recursos naturais - bosques, hidrografia, áreas sujeitas a inundações ? de 1984. Além de mapas originais, foram entregues plantas geológicas da cidade, de 1956, mapas da região de Curitiba de 1950, documentos anteriores à criação do Instituto, em 1965, mas que estavam sob a responsabilidade do órgão.
O Ippuc ainda terá bastante material a ser entregue. Em 2010, pelo menos mais três remessas de documentos serão encaminhadas. Esta é a primeira experiência do Ippuc dentro do Programa de Gestão Documental da Prefeitura, que está levando todas as secretarias a identificar documentos de relevância histórica e que precisem ser guardados.
"Os mapas retratam uma época, representam a história de Curitiba, a base de arruamento e também a técnica de reprodução usada em cada momento. Estamos preservando documentos originais. Estes materiais representam o Ippuc. Nosso objetivo é garantir a preservação dos documentos e favorecer a acessibilidade a eles", explica a geógrafa do Instituto Maria da Conceição Lass.
O material que chama a atenção de planejadores urbanos, historiadores, professores e estudantes de todas as idades pode ser visto por qualquer cidadão interessado. "Estes mapas, que precisam ser bem cuidados e guardados, estavam fechados no armário e agora estão sendo abertos para quem quiser ver, sem prejuízo do material", diz Conceição.
O que é feito - Todos os documentos, negativos, fitas de vídeo, microfilme, entre outros materiais levados pelas diversas secretarias e órgãos da Prefeitura ao Arquivo Público passam por várias etapas antes de ingressar no acervo, seja ele o permanente ou o intermediário. A primeira etapa acontece na própria secretaria, onde, no caso dos documentos, são retirados grampos, clipes e tudo o que não tenha relação com o original.
Ao passar pela triagem, o material recebe o cuidado da equipe habilidosa do Arquivo Público desde o recebimento do material e se estende durante todo o processo. "Tudo o que faz mal à pele, pode fazer mal ao documento. Se agride o documento, não conseguimos preservá-lo e este é o nosso papel", resume a chefe da Divisão de Preservação, Maria Isabel Borba Sóppa. Ela explica ainda que o espaço deve ter a temperatura correta, precisa ser limpo por pessoas preparadas e passa por dedetizações regularmente.
Quando necessário, o material é reparado com a utilização de técnicas adequadas e atuais para recuperação do documento, com a utilização de instrumentos odontológicos como bisturis para a raspagem de resíduos, espátulas, agulhas e outros materiais para a obturação dos pequenos buracos, como por exemplo, os que ficam depois que um grampo de grampeador é retirado.
Em alguns casos, é preciso fazer enxertos que devem ser muito semelhantes na textura e na cor ao material original. Para estabilizar o processo de desgaste dos documentos, que precisam durar por muitos anos, são usados materiais especiais e que, no futuro, quando surgirem novas técnicas de recuperação de documentos, poderão ser novamente recuperados para que o acervo dure ainda mais.
O material também pode ser higienizado, conforme a necessidade, e só depois de passar pela verificação minuciosa, pode ser guardado. Mapas como os do IPPUC são armazenados em mapotecas, arquivos de metal com gavetas apropriadas para a guarda. As mapotecas e os demais arquivos ficam em salas com temperaturas adequadas.
O Arquivo Público ganhou sede nova em 2006, no Capão Raso. Quando o acervo estiver integralmente digitalizado, todos os documentos poderão ser acessados pela internet.
Cidadãos interessados em obter cópia de documento histórico devem fazer a solicitação no protocolo da Secretaria Municipal de Administração, com Jucelma (Rua Solimões, 160 ? Alto São Francisco).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Luciano Ducci reúne-se com técnicos da Prefeitura para discutir novos projetos

Prefeito Luciano Ducci participa de reunião no Ipp ...Publicado em 11/05/2010 às 16:36 - Prefeitura


O prefeito Luciano Ducci reuniu-se nesta terça-feira (11) com técnicos da Prefeitura para debater alguns dos projetos em estudo e desenvolvimento. A reunião foi no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). "São obras com um impacto muito grande nos projetos da Curitiba do futuro, para melhoria da qualidade de vida de todos os curitibanos. São intervenções que vão melhorar a mobilidade, o sistema viário e o trânsito, como a extensão da Linha Verde em direção ao sul da Região Metropolitana", disse Luciano Ducci.

Entre os projetos discutidos, Luciano Ducci destacou a importância da extensão da Linha Verde em direção ao sul da Grande Curitiba. É que além do trecho norte da Linha Verde, a ser licitado parcialmente ainda no mês de maio, a Prefeitura pretende estender o projeto da Linha Verde Sul, da altura do Terminal Pinheirinho (até onde foram feitas as obras da Linha Verde Sul) até Fazenda Rio Grande.
Os três primeiros quilômetros, até o Contorno Sul de Curitiba, completariam o trecho da antiga rodovia que foi concedido pelo governo federal para o Município de Curitiba - com canaleta exclusiva, vias locais e vias de tráfego de passagem, além de uma trincheira. A partir do Contorno Sul, a BR-116 é uma via federal, de competência do DNIT-PR e que hoje está sob a responsabilidade da concessionária OHL.
Mesmo não sendo uma responsabilidade da Prefeitura de Curitiba, o Ippuc, a Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), a Prefeitura de Fazenda Rio Grande e OHL estudam a possibilidade de estender o conceito proposto pela Linha Verde - de transformação da rodovia em avenida - a este trecho da BR. Só neste trecho, do Contorno até o Rio Iguaçu (na divisa), a Linha Verde teria mais 8,8km em Curitiba e 3,2km em Fazenda Rio Grande.
Novo Centro - O projeto Novo Centro, que esteve entre os temas em discussão, terá ainda neste ano - após os trabalhos na rua Riachuelo - obras na rua São Francisco (transversal à Riachuelo). Em seguida, serão revitalizadas as ruas João Negrão, da XV de Novembro até a Sete de Setembro, incluindo o entorno do Terminal Guadalupe (André de Barros e Pedro Ivo) e XV de Novembro (entre a Tibagi e a João Negrão).
Ducci também conversou sobre projetos propostos para algumas ruas, como o que foi solicitado pela Associação Batel-Soho, formado por comerciantes da região da rua Carlos de Carvalho e Praça Espanha. O assunto ainda será debatido com os empreendedores da região. O projeto consiste na revitalização da praça e na modernização da rua Carlos de Carvalho.
O Plano Diretor Cicloviário que proporá mecanismos e facilidades para o incentivo ao uso da bicicleta e integra o projeto Pedala Curitiba também esteve entre os assuntos com os técnicos. Uma das prioridades da Prefeitura será a recuperação dos 100km de ciclovias e calçadas compartilhadas existentes na cidade e que deverão ter melhorado o seu pavimento e implantada nova sinalização horizontal (pintura) e vertical (placas).
O presidente do Ippuc, Clever Almeida, e o administrador da Regional Matriz, Luiz Hayakawa, participaram da reunião.