segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Projeto prevê desvio dos trilhos de Curitiba

12/12/2011 - Jornale

A Prefeitura entende que é necessário que este assunto seja retomado com urgência, principalmente no trecho maior que corta Curitiba

A Prefeitura de Curitiba encaminhou, nesta segunda-feira (12), ofício ao diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, pedindo a retomada dos estudos e a avaliação de alternativas tecnológicas e de localização para implantação do Contorno Ferroviário Oeste de Curitiba.  O projeto prevê o desvio do ramal ferroviário no trecho entre o município de Rio Branco do Sul e a Rodoferroviária de Curitiba.

O Contorno Ferroviário Oeste é uma das etapas do Plano Multimodal para a retirada do ramal ferroviário que passa no centro de Curitiba, Pinhais e Almirante Tamandaré.

“A Prefeitura entende que é necessário que este assunto seja retomado com urgência, principalmente no trecho maior que corta Curitiba. Em conjunto com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) temos que afinar os objetivos e seguir para uma solução integrada com a Região Metropolitana”, afirma o presidente do Ippuc, Cléver de Almeida.

Há uma semana, técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e da ANTT estiveram reunidos em Brasília tratando do assunto. A retomada da obra do Contorno Ferroviário de Curitiba também foi discutida pelo governador Beto Richa e a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann semana passada.

“Existe um consenso entre município, governo do estado e do próprio governo federal de que essa é uma obra necessária e urgente. Por determinação do prefeito, vamos reforçar essas parcerias para fazer com que ela aconteça”, disse Cléver de Almeida.

O Plano Diretor Multimodal, - elaborado pelo Ippuc em conjunto com a superintendência do DNIT no Paraná, Coordenação de Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e as prefeituras da Região Metropolitana -, pretende desativar 42 km do ramal existente e implantar 52 km de novos ramais, sendo 36 km a oeste e 16 km a leste da capital.

O Plano cria uma ligação entre ferrovia, porto, aeroporto e rodovia, além da malha urbana da Região Metropolitana e uma malha cicloviária metropolitana.

O espaço liberado com a retirada do ramal poderá ser utilizado para a implantação da rede metropolitana de ciclovias. Conforme o espaço disponível, local, futuramente poderão ser implantados  outros modais de transporte como o ônibus e o VLT (veículo leve sobre trilho), desde que a opção em cada situação esteja interligada à Rede Integrada de Transporte existente.

“O ganho para as cidades seria múltiplo, tanto do ponto de vista da multimodalidade de transporte, como também do ponto de vista ambiental, com a diminuição da poluição sonora e a possibilidade da implantação de um parque com funções de drenagem, circulação e integração com a população”, avalia o presidente do Ippuc.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Referência mundial, Curitiba agora tropeça na mobilidade

15/11/2011 - Mobilize Brasil

Cidade modelo do urbanismo brasileiro, a capital paranaense enfrenta um dilema: como ampliar a capacidade de seu transporte coletivo? (Júlio Cesar Lima)

Considerada mundialmente modelo de sustentabilidade, a cidade de Curitiba já possui uma frota de 1,3 milhão de veículos e enfrenta severos problemas de trânsito, principalmente no centro, em horários de pico. Para os especialistas, a solução está no transporte público.
 
Segundo o engenheiro Garrone Reck, professor do Departamento de Transporte da Universidade Federal do Paraná, é urgente “investir na melhoria do serviço de transporte coletivo e aumento de capacidade dos corredores exclusivos de ônibus”. Se o sistema não for priorizado, alerta o professor, ficará cada vez mais ineficiente, enquanto a frota de automóveis prosseguirá crescendo. “Num futuro talvez próximo, teremos de adotar alguma restrição ao transporte individual, única forma de reduzir inevitáveis congestionamentos”, conclui.
 
Enquanto isso, as obras de mobilidade urbana que devem preparar a capital paranaense para a Copa do Mundo ainda não mostram resultados.
 
O principal problema, analisa o especialista, não é a falta de planejamento da cidade, mas a falta de “ferramentas modernas para pesquisa, estudo e modelagem de demanda”. E uma ampla pesquisa origem-destino domiciliar que permita conhecer melhor os padrões de viagem da população pelos modos públicos e privados, motorizados ou não”, ressalta.
 
Garrone questiona obras de longa duração, que não dão conta de resolver problemas de forma mais urgente: “Fala-se da construção da primeira linha de metrô em Curitiba no corredor Norte-Sul. Contudo, com a fase inicial de obras entre 2012 e 2016, só alcançará o trecho sul até o centro. É um projeto de alto custo, com longo tempo de construção. A curto prazo a solução seria investir em aumento de capacidade dos corredores de ônibus”.
 
Em agosto, a prefeitura anunciou recursos para a compra de 60 ônibus híbridos (coletivos que funcionam com motores diesel ou tração elétrica) nos próximos dois anos. Mas, para os especialistas, além de aumentar a capacidade dos corredores de ônibus e ampliar as plataformas de embarque (estações tubo), um novo plano para a cidade deveria prever soluções sustentáveis e integradas para outros modos não motorizados, como a locomoção a pé e por bicicleta. A prefeitura até afirma que irá revitalizar as ciclovias e ampliar a rede de bicicletas, de 118 km para 400 km, mas não há data programada para estas obras.

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créditos: Estudo Mobilize 2011
Investimentos para 2014

Dois grandes pacotes de investimentos preparam a cidade para a Copa de 2014. 
São aproximadamente R$ 360 milhões, distribuídos em 14 grandes obras viárias em várias regiões, dentro de um cronograma planejado para não causar transtornos à população.
 
O primeiro grupo de obras, já em execução, tem investimentos na ordem de R$ 140 milhões, com recursos do município, governo do estado, Banco Interamericano de Desenvolvimento e da Agência Francesa de Desenvolvimento. Neste primeiro pacote estão a trincheira Bacacheri/Bairro Alto, Linha Verde Norte, binário Chile/Guabirotuba, Anel Viário, rua 24 Horas, av. Marechal Floriano Peixoto (fase 1) e as avenidas Toaldo Túlio e Fredolin Wolf. 
 
Outra obra, já concluída, é a modernização da av. Toaldo Túlio, refeita com asfalto novo, iluminação, calçadas e ciclovia. Junto com a Fredolin Wolf, que está com 60% das obras concluídas, formará uma nova ligação viária entre a BR 277/Santa Felicidade e os parques Tingui, Tanguá e Ópera de Arame. 
 
A parte mais relevante dos investimentos integra os projetos de mobilidade apresentados pela cidade no PAC da Copa, com financiamento do governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal. No total, serão investidos R$ 222,2 milhões em sete grandes obras (veja na tabela acima) em Curitiba, com prazo de execução até dezembro de 2013.

sábado, 12 de novembro de 2011

Praça General Osório

sábado, 29 de outubro de 2011

Curitiba


Cartão Postal

Residências, comércios e serviços crescem 55% na Linha Verde

27/10/2011 - Prefeitura de Curitiba

A Linha Verde de Curitiba, novo eixo de integração e desenvolvimento da cidade, está passando por uma grande mudança no perfil de ocupação. O número de alvarás para obras residências e instalações de serviços e atividades comerciais ao longo da antiga BR 116 aumentou 55% de 2004 para cá.  

Os números foram levantados pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), considerando uma faixa linear de duas quadras nos dois lados do trecho de 9 quilômetros da Linha Verde, entre o Pinheirinho e o Prado Velho, onde a Prefeitura fez a primeira etapa das obras de transformação da antiga BR em avenida urbana.

“Os dados comprovam os efeitos da infraestrutura que a Prefeitura está levando nessa faixa da cidade. A Linha Verde é uma grande via estrutural com grande potencial de atração de investimentos para a promoção do desenvolvimento integrado e ordenado de Curitiba integrada aos municípios da Região Metropolitana”, afirma o prefeito Luciano Ducci.

Dos 11.227 alvarás para obras residenciais nesse trecho, 7.201 foram emitidos até 2003. De 2004 até 2011 foram aprovados peã Prefeitura 4.026 alvarás de construção de residências, um crescimento de 55,91% no período. São alvarás para prédios e conjuntos de médio porte em todos os bairros abrangidos pela primeira etapa das obras da Linha Verde.

O crescimento habitacional vem acompanhado pelo comércio e serviço. Do total de 30.98 atividades econômicas da região avaliada, 1.993 foram solicitadas até 2003. De 2004 para 2011 foram emitidos 1.105 alvarás de comércio e serviços, um crescimento de 55% no período.

Novo perfil - Algumas atividades que praticamente não existiam antes da Linha Verde começaram a surgir como serviço de pedicuro. Atualmente são 20 alvarás emitidos, todos depois de 2004. Os restaurantes também estão mais presentes no lugar. Esse tipo de alvará aumentou quase 41% de 2004 para cá.

“São números que deixam evidente a mudança no perfil, que vem sendo ocupado de forma mista e de forma espalhada, sem concentrar muito em determinados locais”, avalia o coordenador de Informações do Ippuc, Lourival Peyerl.

Operação Urbana - O desenvolvimento do eixo da Linha Verde será ampliado e garantido com a Operação Urbana Consorciada, lançada neste mês pelo prefeito Luciano Ducci. A Operação Urbana Consorciada Linha Verde é o lançamento de títulos de potencial construtivo na Bolsa de Valores para investimento no desenvolvimento e na mudança do perfil urbano do eixo viário que vai desde o Contorno Sul até o Atuba.

Serão negociados o potencial de 4,47 milhões de metros quadrados de área adicional de construção em uma área que liga Curitiba de Norte a Sul. A Operação Urbana Linha Verde passa por 22 bairros ao longo da Linha Verde Em alguns setores será possível construir até quatro vezes a área do lote. Nos terrenos situados nos Polos e no Setor Especial da Linha Verde a altura das edificações será livre, limitada apenas pelo cone de aproximação de vôo da aeronáutica.

Os recursos aplicados na Operação Urbana serão investidos diretamente na infraestrutura da área que margeia a Linha Verde com benefícios diretos a quem vive ou passa pela região que integra Curitiba à Região Metropolitana. “Todos os valores arrecadados serão investidos em melhorias na própria área de abrangência da operação. É uma forma do município promover a requalificação urbana e ambiental do local”, afirma a secretária de Urbanismo Suely Hass.

Alvarás na Linha Verde
Obras residenciais
Total: 11.227
Até 2003: 7.201
Entre 2004 e 2011: 4.026 (55,91%)

Atividades comerciais e serviços
Total: 3.098
Até 2003: 1.993
Entre 2004 e 2011: 1.105 (55%)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Parques reduzem impacto de enchentes

03/08/2011 - Agencia Curitiba

Áreas permeáveis

Curitiba vai ganhar dois novos parques em uma faixa de 210 mil metros quadrados às margens do Rio Barigui, onde moravam famílias em situação de risco. Os espaços de lazer e preservação ambiental, na Vila Rigoni, na Fazendinha, e na rua Bernardo Meyer (CIC), vão cumprir função importante contra as enchentes na cidade que tem, ao todo, 77,8 milhões de metros quadrados de área verde. É extensão que corresponde à soma dos 22 parques, 16 bosques e inúmeras praças e jardinetes que dão a Curitiba o índice de 51m² de área verde por habitante e a coloca entre as líderes no Brasil. “Em Curitiba transformamos o que antes era problema em soluções para atender à população. É o que faz a diferença na nossa cidade que tem os parques como importantes áreas permeáveis que garantem o escoamento das águas das chuvas, além de cumprir o papel de oferecer lazer e preservar o meio ambiente”, afirma o prefeito Luciano Ducci.

Chuvas – Em dois dias deste mês de agosto o volume de chuva foi de 93 milímetros. A quantidade de água que caiu em 48 horas foi maior do que o previsto de 73 milímetros para o mês, segundo o Instituto Tecnológico Simepar. A Defesa Civil registrou 15 pontos de alagamentos com 120 residências afetadas.  Não houve vítimas. Os parques também alagaram e cumpriram a importante função de garantir o escoamento de um grande volume de água. Com o retorno do sol, as equipes da Secretaria do Meio Ambiente estão trabalhando na limpeza dos Parques Barigui e Tingui – os mais atingidos pelas chuvas dos últimos quatro dias.

O superintendente de Obras e Serviços da Secretaria, Sérgio Tocchio, lembra que a função dos lagos dos parques e também das áreas verdes é justamente conter a água dos rios e evitar o alagamento de áreas habitadas. “A nascente do Rio Barigui, que passa pelos dois parques, fica em Almirante Tamandaré. Como o volume de chuvas foi muito grande, ainda vai levar alguns dias até que toda essa água venha da nascente, passe pelos lagos e escoe. Se não fossem os lagos dos parques, a situação poderia ser muito pior”, explica Tocchio.

Novos parques - A implantação dos parques - na Vila Rigoni (Fazendinha) e na rua Bernardo Meyer, no CIC - receberá R$ 18 milhões em investimentos da Prefeitura. Os recursos foram captados na Agência Francesa de Desenvolvimento em convênio recém firmado pelo prefeito Luciano Ducci. "As famílias que estavam morando na beira do rio, agora moram em casas boas, de alvenaria. Vamos transformar essas áreas em dois belos parques, amenizando o impacto das chuvas e reurbanizando a região”, afirma o prefeito.

Para Luciano Ducci, dotar uma área de preservação com infraestrutura para uso público “é a melhor maneira de se garantir uma ocupação ordenada num do espaço que precisa de cuidados especiais como as margens dos rios”. “A obra atende aos moradores da CIC e do Fazendinha e a toda a cidade que ganha um novo espaço de preservação e lazer”, completa.

Viva Barigui - Os dois novos parques integram o projeto do Parque Linear do Barigui, uma das metas do programa Viva Barigui, de recuperação ambiental da maior bacia hidrográfica da cidade. As áreas para implantação dos parques foram incorporadas ao patrimônio municipal por meio de instrumentos legais como pagamento de dívidas com o município, potencial construtivo, desapropriação e relocação de famílias em áreas de invasão.

Na Vila Rigoni, Fazendinha, o novo trecho do parque Linear do Barigui terá cerca de 120 mil metros quadrados, numa extensão que vai beirando o rio desde a rua Dionira Klemtz até o parque Cambuí. Nesse trecho, uma grande área de lazer será conectada ao Bosque da Fazendinha.

Ao longo do parque, será implantado um lago, feitas obras de drenagem, terraplanagem, paisagismo, recuperação da área de preservação permanente existente, instalações elétricas e hidráulicas e construção de ponte, passarelas e área de lazer.

Entre os equipamentos estão pista de caminhada compartilhada com bicicletas, quadras esportivas, playground, iluminação, além da recomposição da mata ciliar com vegetação nativa.

Outro parque, com área total de intervenção de 109.688 mil metros quadrados, sendo 87 mil de parque, será implantado na CIC, na Rua Bernardo Meyer, desde a Rua Senador Accioly Filho até a Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira, que abrange ainda trecho do Parque Mané Garrincha e da Rua Ursulina Visinoni. O novo parque da CIC fica num trecho que abrange um pedaço da Vila Nova Barigui, antiga área de invasão de onde a Prefeitura, por meio da Cohab, transferiu 150 famílias que vivam em condições de risco às margens do rio, para sobrados de alvenaria do empreendimento Moradias Aquarela, na mesma região.

A obra inclui área de lazer, galerias de águas pluviais, passarelas, paisagismo e plantio de vegetação nativa para recuperação da área de preservação permanente, pavimentação e iluminação viária e do parque.

Parque linear - Somados, os dois novos parques representam de 210 mil metros quadrados de área que proporcionam a recuperação e preservação de aproximadamente 2.526 quilômetros de margens do rio Barigui, numa faixa que varia de 20 a 50 metros.

O parque linear está sendo implantado gradativamente, interligando parques, bosques e áreas de lazer já existentes com novas unidades de conservação, formando um corredor de biodiversidade e de infra-estrutura às margens do rio Barigui. 

“É uma soma de ações e tarefas a médio e longo prazo, seguindo um plano estratégico para recuperação da maior bacia hidrográfica da cidade”, diz Ducci.

O Viva Barigui, lançado em 2007, tem por objetivo reverter situações de degradação da bacia, adotando medidas de preservação de nascentes, conservação de ambientes naturais ainda existentes na região, ordenamento das áreas de ocupação irregular às margens do rio, em ações acompanhadas da recomposição da vegetação nativa e, conseqüentemente, melhoria da qualidade hídrica da bacia.

domingo, 24 de julho de 2011

Investimentos da Prefeitura devolvem moradores ao Centro

22/07/2011 - Agencia Curitiba

Em recente reunião com moradores dos 18 bairros da região central de Curitiba, o prefeito Luciano Ducci destacou que os investimentos na recuperação dos espaços no Centro mudaram o perfil da região, que voltou a ser habitada e cresceu nos últimos 10 anos.  Os dados do Censo 2010 confirmam o efeito positivo da ação da Prefeitura.  “A grande revitalização que estamos promovendo no Centro está devolvendo moradores para a região. São jovens casais ou solteiros que escolhem o local para morar. Foi um crescimento expressivo de pessoas na última década. Gente que traz vida, movimenta a economia e fortalece esta importante região da cidade”, afirmou o prefeito de Curitiba Luciano Ducci.

Em 10 anos, a região central cresceu 14,3% e ganhou quase cinco mil habitantes, no mesmo tempo em que a taxa de crescimento da cidade caiu para menos de 1%. Entre 2000 e 2010, a o número de moradores do Centro passou de 32,6 mil para 37,3 mil pessoas. Um movimento migratório atribuído aos fortes investimentos da Prefeitura na região, entre eles a revitalização de espaços históricos e de acessos importantes, como a Rua Riachuelo.

"O lugar ideal, com imóveis espaçosos" 
Curitiba tem novo perfil de crescimento 
 
As ações da Prefeitura na revitalização do centro passam também pela reforma da Praça Tiradentes, a recuperação da Rua Riachuelo, a nova iluminação na Rua XV de Novembro, o restauro e uso da Capela Santa Maria e seguem com projetos de revitalização das Ruas Carlos de Carvalho, São Francisco e Augusto Stresser.

Novo perfil - Na década, o centro de Curitiba recebeu 4.660 novos moradores, muitos adultos jovens na faixa dos 25 a 29 anos. O número de domicílios no Centro de Curitiba aumentou, conforme mostrou o último censo, porém o número de habitantes por residência caiu de 2,15 para 1,60, o que indica que o perfil dos novos habitantes é formado por casais ou pessoas que estão indo morar sozinhas.

Segurança atrai moradores - Os investimentos em segurança também têm contribuído para tornar o Centro mais atrativo. A Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Defesa Social, está apostando na tecnologia e mobilidade para dar mais tranquilidade aos moradores da região central.

Das 88 câmeras de segurança em operação em Curitiba, 45 estão no centro. Somente na Rua XV de Novembro, no trecho entre as Praças Santos Andrade e General Osório são 14 câmeras instaladas.

Através do sistema, a Guarda Municipal monitora possíveis ocorrências e, a partir da central, pode acionar o Grupo Tático de Motos, a Polícia Militar, os agentes da Diretran e os fiscais das Secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo. Somente nos primeiros cinco meses de 2011, o Grupo Tático de Motos da Guarda Municipal atendeu 445 ocorrências.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Curitiba cumpre cronograma de obras

11/05/2011 - Agência Curitiba


O cronograma de obras para a Copa do Mundo está sendo cumprido por Curitiba e pelo Paraná. O início das obras sob a responsabilidade da Prefeitura, Governo do Estado e do Clube Atlético Paranaense, bem como da Infraero, estão dentro do calendário previsto pela FIFA incluído no caderno de encargos da instituição. As informações foram apresentadas nesta terça-feira (11) no Seminário Copa 2014 no Paraná, no auditório do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR).

O evento foi organizado pelo Conselho Regional de En­­ge­­nharia, Arquitetura e Agro­no­­mia do Paraná (Crea-PR), Con­­selho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Con­fea) e Sinduscon-PR.A apresentação das obras em Curitiba foi feita pela engenheira Susana Costa, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

O secretário municipal para a Copa de 2014, Luiz de Carvalho, destacou o empenho do prefeito Luciano Ducci na preparação da cidade. “Curitiba está quase pronta para receber a Copa do Mundo. O prefeito está conduzindo a administração de forma que nossa cidade esteja preparada para este grande evento", disse Carvalho. "Trabalhando dentro do que a lei e o orçamento nos permitem vamos partir para uma iniciativa mais arrojada para que o Brasil e Curitiba possam realizar uma das melhores Copas do Mundo já vistas”.

Acompanhamento - O evento, que lotou o auditório do Sinduscon em Curitiba, foi a sétima edição de encontros do Confea realizados nas cidades-sede da Copa do Mundo para tornar públicas as informações sobre o andamento das obras para o mundial.

O presidente do Sinduscon do Paraná, Normando Baú defendeu que o planejamento para a Copa do Mundo seja detalhado e compartilhado. “As obras vão melhorar a nossa cidade. Teremos um legado positivo que vai para além da construção de um estádio de futebol”, observou.

Segundo o presidente do Confea, Marco Tulio de Mello, as reuniões do conselho em todas as cidades-sede são para o acompanhamento dos processos e da execução das obras. “Fazemos as reuniões no formato de audiência pública para dar transparência à sociedade sobre o planejamento, a execução dos projetos e o processo licitatório.”

Cidade preparada - Mário Celso Cunha, secretário de Estado da Copa do Mundo, lembrou que, na última semana, a FIFA incluiu 12 locais em oito cidades do Paraná (Curitiba, São José dos Pinhais, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranavaí e Paranaguá) como potenciais sedes para centros de treinamento.
“Estamos rigorosamente em dia com o cronograma da FIFA, o governador Beto Richa e o prefeito Luciano Ducci estão fortemente empenhados na realização da Copa", disse ele.

Segundo ele, é preciso evitar que se repitam previsões pessimistas, como as que marcaram a realização da Copa da África do Sul. "Temos que evitar o ‘linchamento’ que foi feito às vésperas da Copa da África. Os pessimistas diziam que os africanos não teriam condições de realizar a Copa. No fim, tudo foi feito, mas foi grande a perda causada por aqueles que espalharam notícias ruins mundo afora".

Mário Celso explicou que o "linchamento" fez com que 600 mil turistas deixassem de ir a Copa africana. Eram esperados 1 milhão de pessoas e foram 400 mil.

"Se ainda não há valores fechados em relação às obras e ao estádio, por exemplo, é porque estamos estudando isenções tributárias e acompanhando as atualizações do Caderno de Encargos da FIFA que são frequentes”, comentou Mário Celso.

Processo dinâmico – A mudança nos valores das obras, que ainda não estão completamente finalizados, se dá por conta das atualizações constantes no Caderno de Encargos da FIFA, que leva em conta as experiências dos países que já sediaram os jogos e dinâmica tecnológica, entre outros pontos.

O arquiteto responsável pelo projeto da Arena Multiuso que será a sede dos jogos em Curitiba, Carlos Arcos, destacou que o primeiro caderno de encargos distribuído pela FIFA logo após a escolha das sedes levava em conta a experiência da Copa da Alemanha de 2006.

“De lá para cá tivemos mais um mundial. Na semana passada recebemos um caderno que traz informações sobre a evolução da Tecnologia da Informação aplicada na Copa da África de 2010. São ajustes necessários", disse ele.

No que diz respeito à iluminação do campo, em 2007 a FIFA exigia 1.500 luzes. Hoje, são 3.500.,"Espera-se que a transmissão seja feita em 3D, o que exige mais iluminação. Estamos nos preparando para 2014 e a tecnologia avança dia a dia.Vamos construir o estádio mais econômico da Copa e esperamos que seja o melhor”, disse o arquiteto.

Obras - a engenheira Susana Costa, do Ippuc, apresentou o andamento das obras de Curitiba. Já está em curso a trincheira do binário Chile-Guabirotuba sob a Avenida das Torres, uma das obras que integra o corredor Aeroporto-Rodoferroviária. A obra, orçada em R$ 9,1 milhões, teve início em maio de 2010.

O presidente da Comec, Gil Polidoro, detalhou as obras sob a responsabilidade do Estado, entre elas o Corredor Metropolitano na PR 417 e BR 116 (para a integração das cidades de Colombo, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande e Araucária); o Corredor Marechal Floriano, no trecho entre o Rio Iguaçu e o Aeroporto; o Corredor Avenida das Torres, do Rio Iguaçu ao Aeroporto e do Aeroporto ao Contorno Leste; e a Via Radial, da Rua da Pedreira ao Contorno Norte e da Avenida da Integração à Linha Verde.

Aeroporto - O superintendente da Infraero, Antonio Pallu, elencou as obras previstas para o Aeroporto Internacional Afonso Pena. Entre elas estão a ampliação e adequação do terminal de passageiros, nova pista para pousos e decolagens, ampliação do terminal de cargas, da área de estacionamento para veículos, do pátio de manobras para aeronaves e o recapeamento da pista principal.

Segundo Pallu, as obras do terminal de passageiros têm custo estimado de R$ 130 milhões e estão orçadas no PAC. A previsão para o início é junho de 2012 com término para dezembro de 2013.

“Hoje temos 45 mil metros quadrados de área que serão ampliados para 62 mil metros quadrados. São 30 balcões para check-in e quatro esteiras de bagagem. Teremos 64 balcões de check-in e sete esteiras de bagagem", observou Pallu. "Além disso, ampliaremos as pontes de embarque e desembarque das atuais seis para 14”.

Em 2010 passaram pelo Afonso Pena 5,7 milhões de passageiros. Para 2014 o aeroporto terá capacidade para atender a um movimento de 8,3 milhões de passageiros.